Sensibilidade

Hoje eu pensei em algumas sensações que, tendo se tornado a vida tão corrida, começaram a não ter um valor, mesmo que seja o menos possível. Em como é bom chegar no ponto e ver o ônibus/táxi vindo justo no dia que caiu aquela chuva e a sombrinha ficou no escritório, aquele momento em que se abre a geladeira e tem mesmo sorvete no lugar de feijão naquele pote, o dia que você chega super atrasado no trabalho e percebe que seu chefe ainda nem deu as caras, acordar e olhar um sms do seu amor no meio da madrugada e tantas outras coisas que fazem brotar um sorriso no canto da boca.
Receber um elogio quando sai de casa sem maquiagem, encontrar com um a amiga e matar a saudade colocando a conversa em dia na hora do almoço, chegar em casa cansada e sentir cheiro de arroz fresquinho na cozinha e ser recebida com abraços de quem você mais ama... 
Se me perguntassem o que me faz feliz, eu diria que são esses pequenos detalhes que às vezes passam despercebidos no decorrer da rotina. Pequenos? Retiro o que disse. Eles são grandes, imensos. Quando se trata da vida, nada pode ser pequeno. Temos que amar grande, sorrir demais, brincar sempre e ser feliz até que o coração pare de bater.
Contemplar um sorriso no rosto alheio e ver que eu fui a causadora é de um conforto indescritível. E tudo isso, é porque não sou de pedra... Ainda acordo às 06h e faço o mesmo caminho todo dia, mas aqui dentro tem um coração de carne, que não se endureceu com a fumaça das ruas e que ama, ama, ama e capta da vida todos os menores detalhes possíveis, porque ao contrário do que acontece do trabalho, meu coração jamais tira folga.

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