Tome as rédias
Nunca fui a mais gostosa e nem a mais engraçada também.
Minha adolescência não foi cercada de popularidade e de gente por todo canto. Sempre fui a esquisita, a estranha ou aquela inteligentezinha do canto da sala. Foi então que resolvi, por uma questão de necessidade, ser sem rédias e definições.
Hoje sou estranha e engraçada, boba e clássica também. Falo besteiras com quem tenho intimidade, conto piadas sem graça, uso a primeira roupa que vejo no armário, escrevo coisas sem pé nem cabeça, odeio meias até no frio, não coloco ketchup na pizza, tenho opiniões estranhas a respeito da vida e ninguém tem nada a ver com isso.
Faço caretas e me acho bonita, subo em montes bem altos sabendo que tenho medo de altura, insisto em amar quando parte do mundo ainda banaliza tal sentimento... Se eu não perguntar, a resposta vai ser sempre não; se eu não tentar, o resultado vai ser sempre negativo. Se eu não viver, ninguém vai fazer isso por mim.
A verdade é que ninguém pode ser feliz por você, ninguém pode ver um filme por você, se apaixonar por você, rir por você. Sua vida é singular,é ímpar. No fim das contas é você e aquele sorriso antes de dormir; é seu silêncio e a lágrima que escorre pelo travesseiro exalando saudade. São os seus sonhos, seus medos, suas angústias, suas necessidades... O mundo não vai parar pra você se ajeitar, é melhor viver pelas suas próprias vontades hoje, mesmo que algumas deem errado, do que viver a vida que alguém idealizou pra você e passar todos os dias com a dúvida do "e como teria sido se..." .
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