Sempre mais, nunca menos.

Hoje foi um daqueles dias em que senti vontade de te ter. E poderia ser em uma daquelas conversas curtas que tínhamos quando você aparecia em minha casa à meia-noite ou durante a tarde, só para me fazer uma surpresa antes de ir para casa da sua avó lavar o carro.
Não era um ter físico, mas acho que é isso que muitas vezes você não entende. O meu "te ter" era de te ter como sempre: presente. Era pra poder olhar nos teus olhos, ouvir de perto a tua voz e não atravessada por toda essa distância, era pra ter aquelas brincadeiras em que você adorava me irritar e ver seu sorriso por cada coisa atrapalhada que eu falava ou fazia.
A falta é do amor, não tanto do teu "eu te amo", mas da demonstração do tal. Do afeto que eu via refletido em teus olhos durante um passeio, uma conversa, um sorvete numa tarde quente e, principalmente, daquelas segundas pela manhã. A dor de te ver partir fisicamente logo passava ao saber que seu coração ainda estava presente aqui.
Digitei seu número no telefone (eu não precisava de agendas, sabia todos de cor), mas apaguei em seguida. 
Preferi ser perseguida pelo meu desejo do que ceder à minha saudade e perceber que a sua teve dia e hora para acabar.
Não sei se ainda se lembra de nós como antes, mas se a resposta for sim, saiba que do lado de cá as coisas só vão mudar quando você desamarrar o laço na parte em que ficava o seu coração.
A esperança que existe aqui é que tudo que nasceu há quase 3 anos seja sempre maior a cada instante, e nunca menor, como você me disse um dia. Sinto sua falta, anjo meu.

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