(Des)Encontros

Mesma cidade, mesmos ares, mesmas ruas para atravessar, mesma universidade.
Era tudo tão comum, tudo compartilhado, mas ao mesmo tempo estávamos bem próximos e tão  distantes.
É bem provável que num dia desses de inverno, tenhamos tomado café na mesma lanchonete ou visto um filme na mesma sala do cinema. Nos cruzamos pelos corredores frios, pegamos o mesmo ônibus, fomos a mesma festa e nem sequer pronunciamos mais que um simples cumprimento.
Mas era tudo plano. Tudo programado para que um dia, pudéssemos estar onde estamos hoje.
Naquela tarde do feriado eu te olhei. Você, com esse sorriso de menino e essas bochechas que me encantam, deixou seus olhos sobre os meus enquanto tocava violão. A música? Já não lembro. O que ficou registrado foi apenas o momento em que nossa história começou a ser escrita.
Nossos caminhos tão tortos mas nossas vontades alinhadas, permitiram que Deus trabalhasse para que, hoje, eu possa te chamar de meu.
Certas coisas na vida passam a fazer sentido depois de um acontecimento e na minha não foi diferente. Todos os caminhos começaram a se encaixar depois que você chegou, e aquela frase de que "o amor chega quando você menos espera e mais precisa" nunca fez tanto sentindo assim quanto tem feito a cada dia.
Que cada desencontro nos proporcione mais um milhão de encontros, pois é isso que tem aquecido ainda mais o meu coração.

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